Zodíaco na Calçada Portuguesa

Zodíaco na Calçada Portuguesa: em finais de 2017, a Câmara Municipal de Aveiro, convidou o ateliê a apresentar uma proposta de design, concepção gráfica e sinalética, para a valorização de um espaço público central aveirense: a Praça Marquês de Pombal e a sua ‘calçada portuguesa’, na qual está representado o zodíaco criado (em 1963–65) pelo artista plástico António Quadros (1933–94). O programa proposto e aceite (dossiê de 10 páginas, com 9 versões revistas sucessivamente) incluía duas fases de execução: numa primeira fase a praça seria alvo de diversas intervenções de limpeza e recuperação do pavimento, do mobiliário urbano e das iluminárias, assim como da remoção de tudo que causasse ‘ruído’ visual; nesta fase, ainda, deu-se início à análise e ao redesenho dos 12 signos através dos esboços originais do referido artista, com o objectivo de os aplicar adequadamente na sinalética prevista. Na segunda fase foram produzidas e colocadas as peças gráficas propostas, sendo estas: sinalética dos signos (14 placas duplas), telas de identificação do espaço urbano (4), toldos decorativos (3) de encaminhamento e prenúncio do espaço urbano e totem (1), com planta-legenda do zodíaco e respectivos signos. O projecto ficou concluído e implementado em setembro de 2018.

The UNBUILT series

UNBUILT, não construído ou o ainda não construído?

2008 e a crise. A (des)confiança social e económica abate-se no investimento privado do cliente particular, reduzindo-o a valores irrelevantes. O estúdio, por adaptação, reposiciona o seu foco na arquitetura possível, com grandes clientes no sector corporativo e na direção de projeto para a criação e requalificação de centros empresariais, unidades industriais e de saúde privada, feiras internacionais, escritórios e algumas reformulações de pequenas frações de habitação.

A casa e o habitar, sensivelmente explorados desde 2002 em vários projetos de média e grande escala, aqui, assumem um enquadramento quase fantasioso e rumam ao universo académico, num traçado exploratório de potencial e valor como forma de captar o interesse do mercado (que outros abandonaram), numa atitude irreconhecível para o arquiteto.

De base no projeto conceptual da casa do próprio autor, em Portugal, os projetos apresentados são momentos de pura exploração sobre os modelos de habitar vernáculos, as técnicas e pressupostos construtivos, como os argumentos de uma sustentabilidade irrefutável.

Esta seleção de projetos lança a reflexão sobre o paradigma da profissão no seu acesso e dependência à encomenda, bem como na criação de oportunidade comercial a partir da rentabilização da investigação científica sem financiamento.

Devido ao interesse integrado do estúdio em arquitetura, produto, design gráfico e web, os pressupostos nativos das formas de comunicar projeto são intencionalmente questionados: o teor da exposição eleva o conteúdo formal desde as bases que marcam o autor, nos seus estudos dos painéis de Távora para Aveiro, para veleidades gráficas RGB+k, dinâmicas anamórficas de base digital, e por fim, disseca as expressões técnicas de representação tridimensional física impressa.

No final da exposição podemos ver para onde o próximo modelo se irá afirmar, apoiado desde a sua génese numa cronologia esclarecida, que narra uma história concreta feita do não construído, afinal, também, arquitetura.

Terras de Trás-os-Montes

Proposta de identidade gráfica para as Terras de Trás-os-Montes.

Uma marca que é mãe e que carrega o peso de abrigar 09 municípios, ser a epítome de uma forma de estar, ser o rosto de um tesouro territorial, traz a esta identidade a necessidade de falar de forma clara, de saber brindar o seu público com a ironia e personalidade vincada dos transmontanos.

A marca Terras de Trás-os-Montes carrega em si um significado fonético e interpretativo muito específico e que serve de mote à mudança numa nova identidade e posicionamento da marca — Trás-os-Montes, o mesmo que Atrás dos Montes, ou seja, o significado do nome “empurra” a entidade para lá do que é visível. A nossa missão é, concetualmente inverter este raciocínio, dando à marca prioridade, mostrando o seu valor e importância na divulgação dos grandes valores do território. Este conceito cria a ambiguidade que define como critério : primeiro plano — palavra que significa o oposto do nome original (Trás está à Frente). O slogan proposto “TRÁS-os-Montes, à FRENTE” resume de forma explícita os objetivos concetuais que se concretizam na identidade gráfica.

Santos & Irmãos

Santos & Irmãos, a mais antiga fábrica de molduras artesanais da Europa (1858), iniciou no ano de 2018 a recuperação do seu edifício histórico, tendo sido classificada recentemente, pela Câmara Municipal do Porto, como mais uma das lojas históricas desta cidade. Nessa altura deu-se início ao ‘rebranding’ da marca, baseado numa investigação minuciosa sobre a sua memória identitária, existente no arquivo particular da empresa. O resultado final levou à recuperação e ao redesign do ‘lettering’ (processo durou cerca de 4 meses, envolvendo pesquisa, arte finalização e provas), representado num dos letreiros publicitários da marca, mais antigos, que sobreviveu até aos nossos dias. O programa de design de comunicação incluiu diversas aplicações gráficas, tais como: cartão de visita, autocolante, carimbo, economato, sinalética exterior e ‘website’. O projecto visa igualmente recuperar o letreiro exterior (em fase de produção), que é visível na fotografia mais antiga da fachada do estabelecimento (documento do espólio propriedade dos actuais proprietários: neta do fundador, seu marido e seus dois filhos).

Portographic

A exposição Portographic assenta na leitura crítica do Porto presente.
Uma cidade que decidiu ser marca e identidade, assumido-se por tudo e através de todos.

O que é esta cidade, agora cheia de hotéis e restaurantes? O que é feito das nossas bases, do nosso gosto e do nosso trato? Que língua estrangeira é esta na qual todos temos de nos fazer entender? É essa a identidade tão factual, tão pontual ao ponto de ter um ponto como ponto final?

Pronto. Prefiro os três pontos (…) as minhas reticências.

Nesta exposição são explorados os clichés urbanos de quem ainda conhece, calcorreia e sente esta cidade todos os dias. É uma visão de dentro para fora. É lembrado o glamour decadente das dos dizeres, são vistas imagens do Porto que ainda é nosso e não esse Porto maquilhado, a rebentar pelas costuras que um dia nos atira ao Douro. Um Porto consumidor das suas gentes, cheio de tanto vazio.

Uma crítica leve, uma crítica contida, uma crítica breve a criadores e recriados; a crítica fluorescente para que um dia se faça ainda mais e bem melhor. Uma visão construtiva.

Nesta exposição a incidência do discurso de cada poster foca o nome da tipografia escolhida e logo depois o seu desenho no trocadilho ambíguo entre a cidade e o meu discurso.

Simples e eficaz. Muito Porto, muito gráfico. Com design.

HighsPortugal

1# NAMING
LÓGICA DE CONSTRUÇÃO

O que é que se quer vender?
DO PAÍS – PORTUGAL, QUALIDADE, CLIMA, ACESSIBILIDADES
DOS CENTROS – TECNOLOGIA, QUALIDADE, HISTORIAL
AOS ATLETAS – EFICÁCIA, DESTREZA, FOCO, RESULTADOS,
O que é que tem que estar na marca?
PORTUGAL – O nome do país é imprescindível nesta marca para a contextualizar geograficamente.
RENDIMENTO – Explorámos a palavra rendimento para encontrar algo que se relacione. Em inglês rendimento é Performance mas tanto a palavra em inglês como em português é demasiado grande. Como encontrámos relação entre as palavras de modo a expressar o objectivo?
Vamos continuar no passo-a-passo… PORTUGAL, Uma palavra por si grande mas que conseguimos relacionar com o desporto. Como? Introduzindo o S de Sport (SPORTUGAL), no entanto não vamos chamar à nossa marca Sportugal, até porque já alguém registou esta marca no passado e não podemos deixar de parte o Alto Rendimento. Estar em alto nível é atingir o máximo. Máximos podem ser os níveis máximos dos atletas, e são também os records definidos nos Olimpicos e Paralimpicos. O Máximo já alcançado. Tudo aquilo que os atletas buscam atingir. Novas metas. Máximo em inglês pode ser traduzido para “High” (ex.: a high point, level, or figure.) Assim, HIGH(S)PORTUGAL – Máximos Portuga, originando o naming HIGHSPORTUGAL.

2# BRANDING

A CONSTRUÇÃO DA MARCA – SIMBOLO
Para a construção do símbolo da marca foi elaborada uma grelha tendo por base a imagem de um atleta a correr. O mesmo representa ESFORÇO, EVOLUÇÃO, MÚSCULO, EQUILIBRIO, FLEXIBILIDADE, FORÇA e RESISTÊNCIA.

A CONSTRUÇÃO DA MARCA – LETTERING
Foi utilizada uma fonte de sistema modifica, personalizando alguns dos seus traços, no caso incluindo uma diagonal ascendente nos H’s e no A, por forma a transmitir a linguagem da marca, representando conceitos como PROGRESSO, SALTO, MOVIMENTO.

A CONSTRUÇÃO DA MARCA – LOGÓTIPOS CENTROS
A marca foi adaptada para cada um dos Centros de Alto Rendimento do país. A diferenciação relativamente à marca principal foi feita através da utilização de cor e de alteração da assinatura.

LINGUAGEM
Imagens a preto e branco com aplicação de filtros de cor, incluindo um padrão de linhas para continuar a manter os conceitos de MOVIMENTO, DINAMISMO E ATIVIDADE.

A marca foi desenvolvida para implementação a nível nacional mas também para utilização e divulgação em 15 mercados internacionais. A par, disto foram desenvolvidos vários suportes gráficos, nomeadamente brochuras, capas publicitárias, rool-ups, back drops, stand para feira internacional em Bangkok e merchandising.
Foram ainda realizados vários vídeos. Um vídeo geral para divulgação da Rede de Centros de Alto Rendimento e um vídeo para cada um dos Centros, que podem ser visualizados no site https://highsportugal.pt/pt-pt/.
Para cada um dos centros foi criado ainda um vídeo 360o para proporcionar uma experiência virtual da visita a cada um dos centros com o objetivo de proporcionar um maior esclarecimento aos atletas acerca das infraestuturas e equipamentos, este podem também ser visitados no site referido acima.

Investruments

A identidade gráfica Investruments tem como grande objetivo falar de uma marca discreta, agregadora de outras três marcas e potenciadora de negócios.
Por isso, pela discrição necessária, pela forma simples, corporativa e imperativa com que tem de se mostrar, a sua identidade reflete a tipografia como principal elemento.

O conceito chave, passa pela noção de orientação e positivismo:

01. uma visão sempre direcionada para a frente, para a evolução

02. uma linguagem acessível, de pormenor

Lar Santo Cristo Nave Vencedor da 2º Edição

A elaboração da identidade da Associação Social de Idosos do Divino Santo Cristo da Nave, estabelecida no campo das instituições/lares/residências séniores, procurou-se elaborar soluções centradas na construção de um símbolo forte e identificativo.
A identidade visual criada dispõe-se pelo símbolo e pelo nome ”Lar Santo Cristo Nave” em letras maiúsculas, numa tipografia sem serifas, de altura e largura de tamanhos similares criando um “olho” circular perfeito na letra “o”. Estas características permitem uma aparência moderna, com grande presença – devido ao seu traço grosso – e agradável – graças a um misto equilibrado entre linhas curvas e retas. A palavra “Nave” ganha menos destaque através de um traço mais fino mas, o que acaba por a evidenciar do resto do nome, de modo a que o mesmo seja mais legível e crie uma ligação direta ao local geográfico da Associação.

Foi escolhido este nome para apresentar a Associação uma vez que a mesma é composta por sete palavras que dificultam a associação e leitura. Assim sendo, o nome original e completo da Associação é apresentado em jeito de slogan num tipo de letra com serifas, transmitindo uma lado mais tradicional e clássico, que em conjunção com a tipografia sem serifas mais moderna, cria uma imagem harmoniosa.

O símbolo desenvolvido representa a folha da árvore Ginkgo Biloba. Esta árvore, de origem chinesa, é considerada um fóssil vivo devido à sua longevidade, uma vez que já existia à 150 milhões de anos, no tempo dos dinossauros. Por essa razão simboliza longevidade, mas também paz e esperança uma vez que foi das únicas árvores a sobreviver às explosões atómicas no Japão.
A palavra ginkgo tem origem chinesa, significando “damasco prateado”. A palavra biloba vem do formato bilobado das folhas.

As folhas desta árvore têm sido frequentemente usadas no combate aos radicais livres e como auxiliar da oxigenação cerebral, bem como intensificador de memória, de atenção e contra vertigem.
A folha de gingko em forma de leque caracteriza-se por dois lóbulos repartidos no meio e, por essa razão, é retratada como um símbolo da dualidade e do amor em muitas obras de arte e literatura. Li Shizhen, um dos maiores naturalistas chineses de todos os tempos, relata que a folha do ginkgo retrata a ideia de yin e yang, ou seja, de equilíbrio entre duas partes. No outono, as folhas ganham uma coloração dourada, e no inverno a árvore perde todas as folhas.
No símbolo desenvolvido, a folha foi desenhada com o seu início ajustado a um vértice e duas arestas que formam um ângulo de 90graus. Desta forma, ao conjugar 4 folhas obtemos uma forma que mostra uma cruz no seu espaço negativo.
A forma da cruz simboliza o Divino Santo Cristo, ou seja, a religião cristã. A cruz pode tomar diversos significados mas, na religião cristã tende a transmitir a ressurreição e a esperança da vida eterna. Pitágoras dizia que Deus falava através de números e, a essa linguagem, o filósofo grego chamou de matemática sagrada, ou ciência dos princípios. Ao símbolo da cruz, relacionou o número 4 que representa a ordem do mundo, as quatro bases que formam o equilíbrio da criação. Também é associado à cruz o significado de centro para onde tudo converge, a Árvore da vida. Além da cruz, podemos ver também o símbolo “mais”, que transmite a adição de algo – mais cuidado, mais saúde, mais conforto, mais energia, mais amor, mais segurança, mais união, mais vida… – podendo resultar em diversos slogans para promoção da Associação.
Esta identidade foi desenvolvida para ser utilizada na maioria das vezes na sua versão simplificada (com apenas uma folha) por esta ser a mais legível em tamanhos pequenos. No entanto, a versão secundária/completa (com as três folhas e a tipografia no lugar da quarta folha) está estudada para ser usada essencialmente na promoção/comunicação e divulgação da associação, podendo resultar também em padrões interessantes.
O azul/verde água ajuda a transmitir a ideia de limpeza, pureza, frescura e saúde devido à sua relação à cor da água. O verde azulado escuro transmite não só integridade, confiança e estabilidade como harmonia e resistência. O dourado é a cor que as folhas assumem no outono, simbolizando maturidade, sabedoria, essência do espírito divino, abertura espiritual e fortaleza.

MONSTRUKTOR, o autor

O Monstruktor é a persona e marca para o autor, Sérgio Miguel Magalhães. O seu principal foco é a expressão e processo de pensamento aplicado a diferentes realidades da sua vida e do que o rodeia.

Esta identidade é o reflexo de um momento de mudança, o momento em que a migração do blog tumblr para site se mostra como um dos mais importantes passos a dar para o reconhecimento do autor.

A identidade é sem dúvida uma abordagem necessária para que o Sérgio continue com uma imagética coerente e forte que o define bem como a sua dedicação a mostrar a todos, ainda mais, sobre pessoas, consciência, interações sociais entre outros aspetos da vida.

Em 2018 apresentamos uma identidade gráfica única, baseada no grande conhecimento sobre o autor, tal como a interação e presença de um curador. As cores, formas e tipografia reservam-se a definir o melhor deste homem. A estranheza é um ponto chave visível em quase todos os aspetos do autor.

A logomarca resulta da relação entre a tipografia, cor e estranheza, que traz dinâmica, movimento e autoria.

Nortada

A marca Nortada® é desenhada tendo em conta valores fundamentais para si, desde o seu posicionamento assumidamente nortenho, enérgico e alegre, até à sua vontade de comunicar para um segmento bastante específico — o consumidor da cervejaria regional. A sua estrutura passa pela assunção primária da sua interpretação gráfica, através de elementos de grande personalidade, sendo o mais visível, a sua tipografia personalizada. O universo gráfico da marca prolonga-se pela sua própria arquitetura (segmentação de produto), que permite um aumento da sua paleta cromática bem como de outros elementos como ilustração, vídeo, campanha, etc. A abordagem a esta marca passa acima de tudo pela sua interpretação como personalidade do norte, capaz de deslumbrar o consumidor pela sua irreverência e sobriedade complementar.

A tipografia Nortada® foi projetada de raíz com um único objetivo: evidenciar-se como um elemento estranho, único, pujante e cheio de história e significado. Foi desenvolvida para ser uma tipografia do norte, uma tipografia que representa uma cidade através do corte biselado dos caracteres — símbolo positivo de ascenção, que retrata também as encostas entre Porto e Gaia. É uma tipografia com um forte contraste entre os seus elementos, legível mesmo em formatos reduzidos.

As ilustrações seguem o conceito desenvolvido para a marca, na vertente regional e cultura portuense. Os elementos mais importantes selecionados, passam por representar a cidade, na sua particularidade (freguesias) e caraterísticas gerais — a força, a pujança, a simpatia, a rudeza e a sinceridade.

Este é o Porto que mostramos em cada ilustração.

Este é o Porto que reconhecemos como nosso.
Este é o grande motivo de orgulho na cidade mãe da cerveja Nortada®.